Os três maiores bancos privados brasileiros anunciaram nesta quarta-feira (26) os nomes dos sete integrantes do Conselho Consultivo Amazônia, instância criada para apoiar a implementação das dez medidas propostas pelos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Santander para impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
“Estamos muito satisfeitos por termos conseguido reunir este grupo altamente qualificado e que conhece profundamente os desafios do Brasil na área ambiental e, mais especificamente, na Amazônia. A colaboração dos conselheiros consultivos será fundamental para que nossa atuação na região seja efetiva e gere os impactos positivos que buscamos”, afirma Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco.
O grupo de especialistas do Conselho se reunirá a cada três meses com o objetivo de trazer reflexões sobre as dinâmicas da região e desafiar os bancos quanto à efetividade do impacto das ações propostas. As decisões sobre as políticas e financiamentos serão tomadas pelos diretores executivos dos três bancos, que têm se reunido regularmente junto com três especialistas em sustentabilidade de cada banco para propor iniciativas e ações concretas para a região.
Os profissionais que farão parte do conselho são: Adalberto Luís Val, biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Adalberto Veríssimo, pesquisador associado e co-fundador do Imazon e diretor de programas do Centro de Empreendedorismo da Amazônia; André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e co-facilitador da Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura; Carlos Afonso Nobre, cientista sobre Mudanças Climáticas e Amazônia; Denis Minev, diretor-presidente das Lojas Bemol, co-fundador da Fundação Amazonas Sustentável e do Museu da Amazônia; Izabella Teixeira, ex ministra do Meio Ambiente, bióloga e doutora em Planejamento Ambiental pela COPPE/UFRJ e Teresa Vendramini, pecuarista e presidente da Sociedade Rural Brasileira.
A proposta anunciada no dia 22 de julho inclui dez medidas, como estímulo às cadeias sustentáveis na região e viabilização de investimentos em infraestrutura básica para o desenvolvimento social e ambiental. A medida escolhida como a de mais alta prioridade foi deixar de financiar frigoríficos que desmatam a região. Medidas como total segurança de que não houve desmatamento em nenhum elo da cadeia, desde o bezerro, passando pela engorda, até chegar aos grandes frigoríficos, faz parte das soluções que serão discutidas. Além de pensar em incorporar isso nas linhas de créditos bancárias, é preciso reestruturar a atual carteira existente, de forma a oferecer previamente assistência técnica e adequações ambientais a quem precisa, tornando o cenário inovador e sustentável.
Confira a lista das medidas definidas:
Fonte: Amazônia.org.br