As transferências e movimentações de gado podem ocorrer em todas as fases do ciclo de produção e se dão fazenda-a-fazenda (transações formais e informais) ou por meio de leilões, comerciantes e outros intermediários.
Os fornecedores diretos são fazendas que vendem gado diretamente para os frigoríficos, enquanto os fornecedores indiretos são fazendas que vendem/transferem gado para outras fazendas ou intermediários. Enquanto algumas fazendas cobrem várias fases de produção (por exemplo, fazendas de ciclo completo que cobrem as três fases), a maioria dos fornecedores cobre apenas uma parte dessas fases de produção. Esta desagregação das fases de produção coloca desafios para a rastreabilidade e monitoramento da cadeia de suprimentos.
Durante a última década, ocorreram progressos significativos para reduzir o desmatamento associado à pecuária na Amazônia brasileira. Os principais consumidores de carne assumiram compromissos públicos e implementaram sistemas de controle de compras para garantir que o gado comercializado não provêm de áreas com desmatamentos recentes e outras irregularidades socioambientais.
Em decorrência da complexidade de elos envolvidos na cadeia, os sistemas implementados até o momento alcançam somente os fornecedores diretos, ou seja, a última propriedade por onde o animal passou. No entanto, estudos demonstram que boa parte do desmatamento continua ocorrendo nos fornecedores indiretos, que geralmente se ocupam das primeiras fases de vida dos animais.
Grau de visibilidade e possibilidades de fluxo do gado dentro da cadeia de suprimento
Para diminuir o grau de exposição ao risco, muitas empresas estão buscando alternativas para ampliar o alcance de seus sistemas e incluir os fornecedores indiretos no monitoramento. Veja o que as empresas estão fazendo
O GTFI reconhece o desafio que as empresas têm pela frente e busca facilitar o processo de construção coletiva de soluções de monitoramento que ajudem o setor a cumprir com os seus compromissos de desmatamento.